Vincent Van Gogh
Hoje 30 de Março, é 158º aniversário do nascimento de Vincent Van Gogh. Pintor holandês que foi elevado ao status de mito em uma condição que se deve muito mais a sua vida do que suas obras. E aqui um breve comentário: Van Gogh foi, sem dúvida, um artista singular, seu nome não está associado a nem uma escola, a nem um movimento artístico e seu estilo inconfundível como o redemoinho de suas pinceladas, o traçado forte das linhas, as espessas aplicações da tinta sobre a tela, o uso de cores puras, sua obsessão por auto retratar-se, tudo isso parece muito pequeno diante dos fatos que marcaram sua vida. As desilusões amorosas, profissionais, religiosas; a relação de dependência do irmão mais novo Theo, o qual lhe proporcionou por um largo período de sua vida os meios para sua subsistência; a sua instabilidade emocional; os problemas de saúde; a sua miserável condição financeira; o fato de ter vendido somente um de seus quadros durante toda sua vida; o episódio de seu desentendimento com Gauguin e a posterior automutilação; e por último, o suicídio, todos esses fatos é que contribuíram para Van Gogh tornar-se uma das personalidades mais famosas na história da pintura. Ao olhar para seu auto-retrato – e aqui falo de uma experiência subjetiva, porém compartilhada, creio, por mais alguém que sinta algo parecido – parece que há algo, que nos hipnotiza, o olhar de Van Gogh cativa, nos faz sentir pena, nos causa admiração, a magia de suas pinceladas nos embriaga, nos apaixona. Enfim, há algo místico naquele olhar, que transcende o humano, algo ingenuamente inumano... naquele jeito de pintar...