segunda-feira, 2 de maio de 2011


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Andrea del Sarto

           Andrea del Sarto (1486 – 1530) foi um pintor florentino, cuja carreira artística abrange os períodos da Alta Renascença e princípios do Maneirismo. O sobrenome “Sarto” – que em italiano significa costureiro, alfaiate – vem da profissão de seu pai Agnolo di Francesco. Em sua iniciação artística teve destaque seu aprendizado no ateliê do pintor Piero di Cosimo. Entre 1509 e 1510 realizou os afrescos que narram as histórias dos milagres do santo Filippo Benizzi, no convento da Santissima Annunziata em Florença. Em 1518 viajou para Paris a fim de trabalhar para Francisco I da França, permanecendo por lá, cerca de dois anos. Novamente em Florença, em 1526, depois de muitas interrupções, concluiu uma série de afrescos no convento dos Scalzi, tendo como tema a vida São João Batista. Sua obra retratando temas religiosos, com um desenho e um colorido riquíssimo, exerceu importante influência sobre os mais notáveis pintores florentinos. Entre seus alunos mais ilustres estão: Giorgio Vasari e Jacopo da Pontormo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Salvador Dali – O “Irreal” descrito com realismo

Absurdas, alucinatórias, bizarras, enigmáticas, fantásticas, ilógicas, irracionais, irreais, oníricas, perturbadoras, simbólicas... esses são alguns dos adjetivos que caracterizam as cenas e imagens que constituem a estética surrealista. Surgido em Paris no ano de 1924, o Surrealismo teve grande repercussão na Europa e EUA. Ligado ao Dadaísmo e a Pintura Metafísica teve como seu representante mais expressivo – e também mais famoso – o pintor espanhol Salvador Dalí. Audacioso, excêntrico, extravagante, polêmico e provocador, Dalí parecia refletir no homem a brilhante originalidade e criatividade do artista. Seu empreendedorismo artístico encontrou eco também no cinema, teatro, escultura e design de jóias. A singular obra de Salvador Dalí que se diga Surrealista, é algo que nos mostra, com um impecável desenho, figuras, animais, objetos, paisagens, seres que possuem existência no mundo físico que, porém, são distorcidos, metamorfoseados pela genial criatividade do pintor. Inseridos num universo onírico, Dalí destrói qualquer tentativa de entendimento lógico e racional, daí a conexão que se pode estabelecer que tais criações afloram do Inconsciente. Dentre todos os artistas do movimento surrealista e mesmo de movimentos afins como o Dadá, a Pintura Metafísica italiana, Dalí é o que faz o apelo mais direto ao inconsciente, uma vez que constrói seus ambientes com elementos entendidos pelo consciente, quer dizer, nós sabemos o que está lá representado, identificamos um céu, uma montanha, um homem, uma mulher, um animal, um objeto definido qualquer, porém a questão é relacioná-los de forma lógica e racional e entendermos seu significado, pois nessas obras contextos de naturezas diversas se entrelaçam para construir códigos, signos com entendimento e decodificação unicamente restritos a interpretação subjetiva do observador.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

                                          Vincent Van Gogh

Hoje 30 de Março, é 158º aniversário do nascimento de Vincent Van Gogh. Pintor holandês que foi elevado ao status de mito em uma condição que se deve muito mais a sua vida do que suas obras. E aqui um breve comentário: Van Gogh foi, sem dúvida, um artista singular, seu nome não está associado a nem uma escola, a nem um movimento artístico e seu estilo inconfundível como o redemoinho de suas pinceladas, o traçado forte das linhas, as espessas aplicações da tinta sobre a tela, o uso de cores puras, sua obsessão por auto retratar-se, tudo isso parece muito pequeno diante dos fatos que marcaram sua vida. As desilusões amorosas, profissionais, religiosas; a relação de dependência do irmão mais novo Theo, o qual lhe proporcionou por um largo período de sua vida os meios para sua subsistência; a sua instabilidade emocional; os problemas de saúde; a sua miserável condição financeira; o fato de ter vendido somente um de seus quadros durante toda sua vida; o episódio de seu desentendimento com Gauguin e a posterior automutilação; e por último, o suicídio, todos esses fatos é que contribuíram para Van Gogh tornar-se uma das personalidades mais famosas na história da pintura. Ao olhar para seu auto-retrato – e aqui falo de uma experiência subjetiva, porém compartilhada, creio, por mais alguém que sinta algo parecido – parece que há algo, que nos hipnotiza, o olhar de Van Gogh cativa, nos faz sentir pena, nos causa admiração, a magia de suas pinceladas nos embriaga, nos apaixona. Enfim, há algo místico naquele olhar, que transcende o humano, algo ingenuamente inumano... naquele jeito de pintar...

sexta-feira, 25 de março de 2011

                              Thomas Gainsborough
Thomas Gainsborough (Suffolk, 14 de Maio 1727 – Londres, 2 de Agosto de 1788) É Considerado um dos maiores pintores da história da pintura barroca inglesa. Foi um pintor muito requisitado entre a nobreza e a burguesia elevando-se a  um dos melhores retratistas britânicos de todos os tempos. Em 1768 ele tornou-se um dos fundadores da Royal Academy of Arts.

quinta-feira, 24 de março de 2011

                                 Anton Van Dyck

         Van Dyck foi um pintor flamengo que destacou por seus magníficos retratos da aristocracia inglesa e flamenga, apesar de também pintar cenas bíblicas e mitológicas. Sua influencia chega até ao século XVIII com Thomas Gainsborough outro grande retratista. É mais conhecido como o pintor oficial da corte de Carlos I da Inglaterra. Anton van Dyck nasceu em 22 de Março de 1599 em Antuérpia -- Países Baixos. Aos 10 anos já aprendia desenho com o pintor Hendrick van Balen. Com 15 anos em seu auto-retrato mostra-nos, apesar da pouca idade, o quão promissor e brilhante seria seu futuro como pintor. No ano seguinte em 1615 montou seu próprio ateliê e com 18 anos recebeu o título de mestre da Guilda dos Pintores de Antuérpia. Trabalhou também como discípulo e assistente de Peter Paul Rubens, o qual o tinha em grande estima e admiração. Em 1620 viajou para Londres, onde ficou por três meses apenas, retornando logo após para sua cidade natal. Alguns meses depois se estabeleceu em Gênova, visitando também outras cidades italianas; esse período italiano duraria até 1627 quando retorna novamente a Antuérpia por ocasião da morte de sua irmã. Nessa cidade continua seu trabalho como retratista, pintando inclusive a arquiduquesa Isabel Clara Eugenia de Habsburgo, filha de Filipe II e regente dos Países Baixos. Sua fama e prestígio crescem cada vez mais e a partir de 1632 passa a trabalhar para Carlos I, soberano inglês grande apreciador e incentiavador das artes. Na corte inglesa Van Dyck desfrutou de uma vida de luxo digna de um nobre, passando até a adotar um nome britânico. Em 09 de dezembro de 1641, morre em sua casa, Sir Anthony Van Dyck, seu corpo foi sepultado na presença da Corte Inglesa na Catedral de São Paulo. Como todo grande mestre sua arte, seu estilo, seu nome se perpetuaria através dos séculos.
                 Paul Cézanne: Sua vida e suas obras

Paul Cézanne, este enigmático, excêntrico e revolucionário pintor só muito tardiamente em sua vida, experimentou o gosto da fama e a aceitação do público, que a partir de então, iria aclamá-lo como mestre. Aqui um pouco de sua história: Em Aix-en-Provence, uma pequena cidade do sul da França, a 19 de janeiro de 1839, nasce Paul Cézanne, filho de Louis-Auguste Cézanne, próspero fabricante de chapéus, que mais tarde tornaria-se banqueiro. Aos 13 anos, Paul ingressa no colégio Bourbon, aos 17 começa a estudar desenho na Academia de Arte de Aix. Três anos depois termina seus estudos médios e cedendo a insistência paterna entra para o curso de direito. Em 1861 Cézanne decide ir para Paris. Nesta cidade inscreve-se na Academia Suiça, ao ver o trabalho dos colegas e de grandes mestres, descrê de sua própria arte e de seu talento, triste retorna a Aix e trabalha no banco do pai. Entediado volta a Paris, conhece os pintores impressionistas Pisarro, Monet e Renoir. Segue pintando, faz visitas frequentes ao Louvre onde estuda os mestres venezianos. Busca aceitação para sua arte, envia telas ao Salão Oficial é no entanto sempre rejeitado. Em 1870 para escapar da convocação para a guerra franco-prussiana refugia-se em l'Estaque. Por essa época abandona gradualmente os temas eróticos do início da carreira e começa a interessar-se pela pintura ao ar livre. No ano de 1872, nasce seu filho com Hortense Fiquet sua futura esposa, Cézanne vai com a família para Pontoise onde morava Pissarro, sua paleta torna-se mais clara e a pincelada mais precisa. Participa das primeiras exposições impressionistas de 1874/77, em ambas experimenta a hostilidade do público e da crítica, diante disso abandona Paris e o Impressionismo. Apesar da constatação que sua arte é pouco aceitável, Cézanne prossegue seu trabalho, solitariamente, criando sempre, recriando a natureza como seu espírito a vê e sente. Continua insistentemente enviando telas ao Salão, suas tentativas são porém inúteis. O ano de 1886 é um ano marcante em sua vida, casa-se com Hortense, após anos de convivência e a enfrenta a morte de seu pai, o qual lhe deixa como herança uma grande fortuna. Em 1895 Cézanne, o famoso marchand Ambroise Vollard organiza-lhe uma exposição individual em Paris, ainda não é bem compreendido pelo público, porém alguns artistas da época já sentem o brilho de sua genialidade. Em 1904 , expõe no Salão de Outono, que lhe reserva uma sala toda. Cézanne então vislumbra a luz, um novo amanhecer surge, a longa noite da desesperança chega ao fim, é a recompensa por toda uma vida de dedicação. São seus primeiros passos na estrada da fama, porém seus últimos na estrada da vida, dois anos depois em decorrência de uma pneumonia, no dia 22 de outubro de 1906 morre Paul Cézanne. Em 1907 é realizada em Paris, uma grande exposição de suas obras, seu legado se perpetuaria em artistas como Picasso, Braque, Léger e Matisse, influenciando as principais tendências vanguardistas do século XX como o Cubismo, Fauvismo e o Abstracionismo.
                                 Impressionismo

         O Impressionismo foi um movimento artístico e filosófico, representado por um pequeno grupo de pintores – na sua maioria franceses – e constituiu uma revolução na história da pintura, uma vez que rompeu com certos princípios técnicos e de eleição temática em voga na pintura tradicional acadêmica européia, da segunda metade do século XIX. Assim, o abandono de temas históricos, religiosos, mitológicos e suas decorrentes idealizações; a predileção por pintar cenas do cotidiano e temas contemporâneos; a ênfase nos aspectos colorísticos e luminísticos do quadro; o uso de pinceladas soltas, rápidas e curtas; o trabalho ao ar livre; o uso de cores puras; o não uso de contorno linear; o abandono de acurado desenho e a preocupação em pintar captando a efemeridade de um momento, transmitindo para a obra o que realisticamente e poeticamente sentiam e percebiam no momento da execução da tela, encerram características marcantes do Impressionismo. Alguns nomes que se destacaram na defesa e divulgação desse estilo são: Pierre-Auguste Renoir, Claude Monet, Camille Pissarro, Edouard Manet, Edgar Degas, Alfred Sisley e Frédéric Bazille.
        O nome dado ao movimento tem origem em uma crítica feita à tela de Monet – Impressão, nascer do sol – exposta na ocasião da primeira mostra dos impressionistas em 1874, no ateliê do fotógrafo Maurice Nadar. Essa exposição foi a primeira de outras sete realizadas pelos companheiros de Monet que tem uma história que inicia na Paris da década de 1860, com um encontro de afinidades entre alguns pintores do ateliê Gleyre, a saber – Monet, Renoir, Bazille e Sisley – e pintores da Academie Suisse – Pissarro e Armand Guillaumin – que, então, a partir de conversas, amizades, discussões e pesquisas, empreendem os trabalhos, que consolidarão a criação de um novo estilo que corresponde a mudanças radicais no modo de ver, pensar e realizar a pintura. Nas duas décadas seguintes eles constituiriam um movimento de arte que ficaria para sempre na história da pintura como algo que romperia com cânones e preceitos estabelecidos há séculos pela pintura acadêmica, surgia o Impressionismo.