quarta-feira, 20 de abril de 2011

Salvador Dali – O “Irreal” descrito com realismo

Absurdas, alucinatórias, bizarras, enigmáticas, fantásticas, ilógicas, irracionais, irreais, oníricas, perturbadoras, simbólicas... esses são alguns dos adjetivos que caracterizam as cenas e imagens que constituem a estética surrealista. Surgido em Paris no ano de 1924, o Surrealismo teve grande repercussão na Europa e EUA. Ligado ao Dadaísmo e a Pintura Metafísica teve como seu representante mais expressivo – e também mais famoso – o pintor espanhol Salvador Dalí. Audacioso, excêntrico, extravagante, polêmico e provocador, Dalí parecia refletir no homem a brilhante originalidade e criatividade do artista. Seu empreendedorismo artístico encontrou eco também no cinema, teatro, escultura e design de jóias. A singular obra de Salvador Dalí que se diga Surrealista, é algo que nos mostra, com um impecável desenho, figuras, animais, objetos, paisagens, seres que possuem existência no mundo físico que, porém, são distorcidos, metamorfoseados pela genial criatividade do pintor. Inseridos num universo onírico, Dalí destrói qualquer tentativa de entendimento lógico e racional, daí a conexão que se pode estabelecer que tais criações afloram do Inconsciente. Dentre todos os artistas do movimento surrealista e mesmo de movimentos afins como o Dadá, a Pintura Metafísica italiana, Dalí é o que faz o apelo mais direto ao inconsciente, uma vez que constrói seus ambientes com elementos entendidos pelo consciente, quer dizer, nós sabemos o que está lá representado, identificamos um céu, uma montanha, um homem, uma mulher, um animal, um objeto definido qualquer, porém a questão é relacioná-los de forma lógica e racional e entendermos seu significado, pois nessas obras contextos de naturezas diversas se entrelaçam para construir códigos, signos com entendimento e decodificação unicamente restritos a interpretação subjetiva do observador.

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